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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Há esperança!

Em dias que parecem não ter fim, onde a dificuldade parece tirar as forças e que não há luz no fim do túnel,  a esperança renova a força.

Percebo que os dias mais dolorosos são os dias sem esperança, talvez por isso a morte pareça algo tão triste e sombrio. Quando o corpo perde suas funções fisiológicas e vai perdendo o movimento da respiração, mudando a cor, trocando o cheiro, quando não há mais o som da voz,  da risada ou choro, quando não há mais fome ou vontade de comer a dor se faz. 

Talvez não seja a morte que faz a dor, mas a falta de esperança, a falta da rotina de ver alguém saindo ou voltando para casa, a esperança da cura de uma doença diagnosticada incurável, mas que a fé em algo ou alguém causava essa esperança de dias melhores. 

"Para tudo se tem um jeito, menos para a morte", ouço e digo essa frase tantas vezes desde a infância e agora penso que para algumas coisas não há jeito não e para outras a morte é a solução. 

E existe mortes diferentes. Quando um relacionamento, seja fraterno ou romântico acaba a falta da esperança, de acreditar em algo que pudesse continuar dando certo acaba também e logo vêm a dor, o luto se faz e cada um viverá esse luto de sua forma.

Dias com esperança são dias claros, dias que fortalecem. Algumas vezes esse sentimento é causado por alguém ou alguma coisa muito especial, de forma singela. 

Um gesto simples, um aconchego,  um afago inesperado, um abraço saudoso e caloroso, uma xícara de café, receber ou fazer uma visita após um dia cansativo, um telefonema, um abraço coletivo, uma surpresa, são tantas coisas que são ditas como pequenas e que são tão grandes e que tornam a vida melhor e que mudam vidas inteiras.

Receber esperança por meio de alguém é bom, mas ofertar esperança é ímpar. É sentimento que aquece, alimenta e tira um pouco do cansaço emocional que a tristeza é capaz de causar.

É preciso acreditar que o bem que somos capazes de fazer não é pouco, que a generosidade que dispenso aqui se ligará a outra a frente e que juntos criamos elos de afetividade capazes de envolver famílias inteiras e incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Afinal, fazer o bem é para quem tem coragem.

Por: Renata


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