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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Mudanças, reencontro, minimalismo, percepções, dúvidas, ação.

Eu nem sei bem por onde começar esse texto. Estou, certamente, ansiosa em ser o mais clara possível e tentar dividir as coisas mostrando-as de forma real.
Há alguns anos eu sofri uma depressão intensa e, ao contrário do que pensam, depressão não é o oposto de alegria, pois quem me visse poderia jurar que eu não estava triste e muitas vezes eu não estava triste mesmo. Para mim, a depressão foi a falta de ação.
Eu transitei entre consumismo compulsivo, acumulação e a completa apatia para a vida. Logo, meu espaço, já pequeno, ficou muito menor, inabitável; tudo estava ocupado, por roupas, sapatos, bolsas, livros, revistas, utensílios de casa, móveis... tudo em excesso. Em excesso para o que eu precisava, em excesso para o que o espaço comportava.
Após um momento de reação, consegui organizar as coisas e me desfazer de tudo o que não me servia, ou eu não queria mais. Não se iluda, caro leitor, achando que é o tipo de ação fácil, pois não é mesmo...
Passado um ano dessa reação, eu olhei em volta e em nada lembrava o espaço de um anos antes; mas eu sentia necessidade de aliviar mais ainda "o fardo". Eu ainda tinha excessos para todos os lados. Ainda era soterrada por roupas quando abria a porta do meu guarda-roupas, ainda tinha muito de tudo. Sentia o excesso, mas não sabia como aliviar.
Um dia ouvi falar de minimalismo. Fiquei curiosa com a proposta e decidi conversar com algumas pessoas sobre o assunto. Que ideia péssima eu tive. Recebi uma série de informações equivocas, algumas com boa vontade, mas sem conhecimento mesmo.
Enfim, desisti!
Achei complicado demais, caro demais, cheio de frescurinhas demais. Não, aquilo não era pra mim! Daí veio a internet. Bingo! Um dia passeando pelo Youtube, encontrei um canal com esse vídeo aqui.
CARAMBA!!!!!!Era tudo o que tinham me dito, tudinho mesmo, só que me disseram como regras do minimalismo.
Com esse vídeo as coisas foram mudando e eu voltei a me interessar pelo assunto e fazer o que deveria ter feito desde o começo: Pesquisar! Fiquei muito satisfeita com minhas pesquisas e entendendo que o minimalismo é um estilo de vida e é livre, optei por adota-lo!
O meu primeiro passo foi o destralhe. Não posso dizer do choque que fiquei quando me dei conta da quantidade, ABSURDA, de coisas que eu tinha. E, o pior, de coisas que eu não usava, que não me serviam. Me dei conta, mais ainda, que era necessário parar e repensar minha forma de viver. Meu discurso de consumo consciente, de cuidados com o planeta, de simplicidade e leveza, estavam completamente fora das minhas ações, por pouco não eram opostos.
Da primeira vez que fiz o destralhe (que contei lá em cima, no começo do texto), não foi consciente, foi só uma reação, quase instintiva, de "sobrevivência" da minha lucidez. Dessa vez não, eu tenho total consciência do que estou fazendo e observando todas as coisas e a mim mesma.
E, amores, eu tenho muita história pra contar!
Semana que vem vou contar do destralhe das roupas (sempre o começo de tudo) e como isso mexe com a gente de uma forma mais profunda do que pensa nossa vã filosofia.

Beijos azuis.

Por Mariah Alcântara.
Para saber mais clica aqui!!

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