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Mariah

Precisamos falar sobre as necessidades que temos

Esse texto poderia ser sobre você, sua mãe, sua irmã, sobre uma amiga qualquer. Mas eu o farei sobre mim (ou sobre nós) receba-o como melhor sentir.
Eu necessito!
Necessito de tempo de estar, tempo de ser, tempo de pensar, tempo de falar, tempo de agir. 
Necessito do meu canto, do lugar onde estou segura. Necessito dos meus filhos, ainda que falando pelos cotovelos, me chamando a cada 10 segundos. Necessito do meu gato miando enquanto passa pelas minhas pernas me fazendo tropeçar, atacando meus pés por cima do edredom, a cada mexida que dou. 
Necessito do meu quarto com sua luz indireta, das fotos que me cercam, me dando a lembrança dos momentos vividos. Necessito dos meus livros, fazendo seu papel de oráculo para consulta, a cada duvida da faculdade ou a cada incerteza da palavra em espanhol. 
Necessito do meu edredom azul e seu silêncio quando, debaixo dele, deixo as lágrimas que me consomem de vez em quando. Necessito da minha família, ainda que me criem de seus julgamentos . Quem nunca? 
Necessito dos meus amigos, que estão ali, para me acolherem, mesmo que eu não peça a acolhida. Necessito das musica que me marcaram na vida e contam, de algum modo, minha própria história. Preciso do meu modo de ser para continuar caminhando, ainda que os passos sejam torpes.
Necessito de um pouco de espaço para me refazer, pois a cada semana, que termina, sinto que estou me esgotando por conta da minha própria dor; e não ter esse momento me mata para os dias seguintes e eu sigo por eles zumbi da minha própria existência.
Necessito de uma auto analise constante pois sou feita das experiências que vivo e com elas vou sendo melhor ou pior a cada passo. Necessito do perdão que me peço e que me dou quando vejo que errei em um julgamento, em uma atitude. Necessito rever meu repertório e meu discurso e seguir adiante tentando fazer mais acertos que erros.
Necessito espalhar amor e também afeto, até para compensar o tanto que não recebi, seja por mim ou pela vida. Necessito dizer o que sinto e fazer-me coerente em discurso e ação. Necessito dizer que amo, a todos os que amo, todos os dias, se possível, para que não se perca a certeza desse amor acima dos demais acontecimentos da vida.
E necessito, sobre todas essas coisas, o silêncio!

Beijos azuis 


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
Para ler mais,e ver por onde ha traços meus. clica aqui, vai te levar ao facebook.



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Precisamos falar sobre o medo.

Que atire a primeira pedra quem não sente medo.
Não apenas o medo de rato ou o medo de barata, mas o medo da perda, o medo da dor.
Hoje eu quero apenas que pensemos em nossos medos, que os peguemos no colo e cuidemos deles.
São a parte de nós que nos lembra que somos humanos, inteiros, frágeis, 
Medo não é vergonha, é sensibilidade.
Eu tenho medo. Tenho medo de perder os que me são preciosos, de não dar conta amanhã, de não perceber o importante, de não seguir em frente. Os dias da caminhada são intensos, e seguir superando os temores, nos fazem ainda mais fortes;   


Beijos azuis

Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Precisamos falar sobre orgulho


Orgulho é um sentimento difícil  de lidar...
Outro dia uma querida me disse que "orgulho não cabe em nenhum tipo de amor". Essa é umas das grandes verdade da vida. E quem de nós nunca cometeu a falta do orgulho?
Quando a gente ama alguém e se recusa a aparar arestas, se recusa a estar junto, se recusa a participar, antes de ter tentado tudo, é amor ou orgulho que nos move?
Quando a gente se sente ferido, e fere de volta, ou simplesmente mata em vida o que nos feriu, sem entender que uma história tem dois lados, o que nos moveu, além da raiva, foi magoa ou orgulho?
Orgulho ferido é arma ferina, e a gente usa sem titubear, usa sem pensar e usa sem medir.

Eu acho que carrego na alma um certo "quê" de amor incondicional, embora eu me defina condicional, (Minha condição é que seja bom! Que faça o bem! Que seja sincero!). Mas realmente não me cabe, não me contempla um amor que acaba em uma voz apenas, sem direito de outra voz se manifestar.
Eu tenho pensado muito em orgulho e em como isso é dentro de mim. Em como cometo falhas, por vezes irreversíveis, por mero orgulho. Perco tantas oportunidades de estar junto, estender a mão, abrir meu abraço. Quantas vezes deixei passar a chance de me dizer errada e assim crescer como pessoa.
Orgulho não é um mal absoluto do ser humano! Não mesmo!
É preciso entender que é uma característica, e quem trabalha as tais características somos nós. Somos nós que fazemos delas "qualidades" ou "defeitos". Eu sei o quanto eu perdi, ou apenas deixei de ganhar (mas esse apenas é tão grande que caberia uma vida...).E algumas perdas podem ser irreparáveis.

E você, como lida com seu orgulho?


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Precisamos falar sobre nossos próprios limites


Tenho pensando muito sobre esse assunto. Sobre minha capacidade (ou não) de respeitar ou ultrapassar esses limites. Pelo quê, vale a pena (se é que vale) a gente se desrespeitar, ainda que seja só um pouco? Eu creio que não vale, nada vale. Mas também creio que a gente faz isso muitas vezes, mesmo achando que é só de vez em quando. E nunca, nunca é legal! 
Eu tenho me observado para definir onde tenho deixado passar do limite, onde tenho chegado ao limite e onde tenho ultrapassado o limite. E aqui esta propositalmente dúbio, pois quando olhamos com calma e de fora pra nós mesmos, observamos a dualidade de todas as coisas e de todos os sentires.
O trabalho  que suga  a energia, que só desgasta, que não reconhece precisa ser revisto; pois há um limite.
O amigo que nunca está presente, mas sempre solicita, que não vê tanta importância no seu sentir, precisa ser revisto; pois há um limite.
O amor que fere, que magoa, que polemiza todas as falas e que deixa de respeitar a sua vez, precisa ser revisto; pois há um limite.
E o tal limite, quem decide?
Ora, lógico que só há um ser capaz de mensurar o seu limite, e esse ser é você mesmo.
O que acontece é que vamos nos dispondo um pouco mais, sufocando sentimentos, sufocando nosso grito de 'chega', para não parecer que somos incapazes, sempre tentamos uma ultima vez. E é essa vez que, talvez, desgaste tudo o que foi construído para garantir que fiquemos intactos.
E haverá situações à nossa revelia?
Quase todas!!
O mundo acontece sem pedir licença, a vida vai "sendo" e pronto, não tem regra, não tem manual, mas tem a possibilidade de decidirmos quando parar.
Hoje, me dispo de amizades, amores, momentos, conversas, que estão além do limite do meu bem estar. E não se engane, tomar as rédeas da vida e decidir por onde seguir é sempre doloroso. 
Mas quem limita, ou não, é sempre quem conduz.
A tudo que fica por aqui, hoje, eu deixo um beijo.
Para o novo que vier deixo um aviso: Respeite meu limite! 
Eu e apenas eu, decido quando ultrapassa-lo. Assim, bem dualmente.

Beijos azuis.


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Precisamos falar sobre julgamentos (de novo)


Se há uma coisa que me cansa, é essa mania, idiota, de julgar o outro sem saber sua historia. Quando vamos parar de olhar os outros e, mesmo sem saber nada, diagnosticar o que sentem, pensam, fazem?
Tá feio, tá rude!
A bola da vez foi a mãe que foi vista no aeroporto com a criança no chão. Ninguém leu a história de tudo aquilo, mas o que importa? Bora lá julgar e ofender a mulher, afinal começa por isso; ela é mulher! Segue para o fato de ser mãe; e por fim, volta ao fato de que ela é mulher.
Ta horrendo viver nesse mundo de podres poderes.
Daí, depois de todo o blá blá blá, machista, misógino e a p**%$ toda, a cia aérea explicou. Alguém se retratou? Não, né?! Porque, afinal de contas era só uma mulher!
E por aí vai.
E esse é só um exemplo que viralizou na internet.  O que não falta são julgadores da vida alheia.
Basta a gente olhar para o lado e ver alguém com uma atitude que não concordemos, ou mesmo uma opinião, e vamos lá apontar o dedo para o tal alguém e deduzir seus ideias, sentimentos e pensamentos e jogar isso como uma realidade, á completa revelia do tal alguém.
E que tal, só que tal, a gente parar de fazer isso e olhar o próprio rabo? Assim, quase sem querer?
Somos (ou deveríamos ser) uma sociedade, inteligente, pensante, conectada. Então isso deveria ser out das vidas cotidianas.
Então repito: se, e somente se, a gente se ocupasse da gente mesmo?


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Precisamos falar sobre discrição e respeito.

Não raro vejo que as pessoas andam perdendo, cada vez mais, a discrição das coisas; E não vou te enganar, não. Isso é feio a beça pra não dizer outra coisa.
É preciso que conservemos certa ética para coexistir. E eu nem falo de segredo, falo apenas de tomar conta da própria vida e deixar o resto em paz (faz favor!). Sempre me considerei uma pessoa discreta, e sempre foi motivo de orgulho pra mim, mas nos últimos dias tenho visto que isso se torna necessário.
Tenho notado, de forma clara, as pessoas espalharem detalhes sobre as outras que são completamente irrelevantes e desnecessários para informação de outrem. Isso tem passado a me incomodar.
Então vou dar umas dicas:
Não é assunto seu? Não se meta!
Não contaram para você? Não lhe compete!
Contaram para você? Guarde pra si!
Te deram uma noticia pessoal, não foi legal, mas não contaram detalhes? Respeite isso!
Vamos ser respeitosos com as pessoas que confiam em nós, seja para contar uma coisa pessoal, ou um fuxico. E evite levar adiante.
Quando você espalha uma história que ouviu, quando conta a todo mundo um detalhe sobre a vida de alguém, quando questiona assuntos doloridos por mera curiosidade; isso não faz de você uma pessoa amiga e interessada. Isso faz de você uma pessoa fofoqueira, curiosa, anti ética e desrespeitosa.
Então, pense em como é o inverso, quando você não é a pessoa fofoqueira, mas a pessoa fofocada?
Viver em sociedade exige um código de ética que consiste, acima de tudo, em bom senso e respeito.
E a vida segue!

Beijos azuis.

Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Precisamos falar sobre



Rever conceito, mudar hábitos.

Há dias venho falando sobre rever conceitos, e acho que se faz sempre necessário, principalmente, porque o mundo de hoje exige que nos reinventemos, todos os dias, nos dá a possibilidade de sermos melhores sempre mais,
É preciso entender que não nos cabe julgar o certo e o errado no outro, mas apenas em nos mesmos, nas nossas falas, nas nossas ações.
Se há algo que faço, com esmero, é observar.
Sou dessas que olha com cautela, que deixa a pessoa achar que esta enganando, gosto de ver onde vai dar, e quando vejo que ação e discurso não condizem, caio fora.
Mas é fato que ando vendo muita coisa e considerando algumas outra tantos, em mim mesma, na Mariah que vos escreve toda segunda-feira, ando revendo meus conceitos.
Se repensar é fundamental!
E o mais complicado não está em repensar-se, mas em mudar hábitos. Isso sim, é uma grande batalha
Esse final de semana pensei muito nos hábitos que tenho, nos que criei e nos que deixei pelo caminho. Meu amigo Filipe, diz que eu sempre repenso tudo, todo dia. Deve ser mesmo, porque é assim que encontro os ganchos de mim para mim.
Ter hábitos que me fazem bem são parte das escolhas que me fazem eu.
Olhar para si, sem medo, mesmo sabendo que há coisas que você não gosta, é de muito valor. Olhe com carinho. repense, refaça.
As vezes tropeçamos em nossas escolhas, mas são essas escolhas que nos levam até onde estamos; e podemos mudar a qualquer momento, é questão de mudar a escolha.
Durante os últimos meses, eu estive desempregada, passei uns bons perrengues, desses que te obriga a analisar a vida inteira e pensar "onde foi que eu errei?". E pior, quem se conhece bem, sabe onde errou. Então, sim, ando revendo a vida!



Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Precisamos falar sobre 


Saudade.


Saudade, já dizia Clarice Lispector, é um dos sentimentos mais urgentes que existem.
É dos sentires que tiram o ar, que tiram o senso, que doem fisicamente, mesmo sendo sentimento.
Porque a vida é assim, mar aberto, estrada larga, e a gente vai vivendo. 
Vai seguindo, nem dá mesmo para parar, é sempre um curso constante, um caminhar de passos rápidos.
E um dia no meio disso tudo, a gente olha de lado, vislumbra um vulto cheio de amor do que viveu e se deixa pegar na tal saudade.
São momentos da infância quando o dia acabava em balas dadinho.
São os risos adolescentes e a descoberta de si mesmo.
São os 18 anos e o peito cheio de certeza.
São os anos vividos desejosos de um futuro que não se define.
São os amores, os vividos, os sentidos, os escondidos, os escolhidos e os perdidos.
E assim, no meio da saudade, você descobre que toda forma de amor vale a pena.
A gente lembra das coisas que viveu, de tudo o que sentiu e se vê como num filme, olhando de longe, mas olhando de dentro. 
E vez por outra fica assim, tomado dessa coisa que arde o peito, que reaviva a memória, que faz gente chorar e rir e rir e chorar tudo junto, meio maluco.
A vida não acontece linear e a gente vai em frente, canta as canções que aprendeu por anos, e cada uma diz uma coisa. E a gente sente falta dos amigos, da comida da mãe, até do medo que sentia do pai. A coisa ferve, vem lá a falta dos irmãos, do amor, de mais tempo que a gente não teve pra fazer tudo.
Daí a gente chora um pouco, quer viver um pouco disso tudo que faz bem a alma, e a vida continua seguindo seu próprio ritmo, sem texto nem regra.
E um dia, quando a gente acerta o passo com a tal vida, numa noite de quarta-feira, senta em frente o computador com uma boa taça de vinho e deixa a saudade acontecer.
Deixa o peito morno dessas cenas doces e urgentes de serem lembradas. Abre um sorriso largo, pois saudade também é conforto, também é história, também é vida. 
E vem a falta do agora. Do hoje, do café com a mãe, do riso dos filhos, dos abraços dos amigos, do beijo do amor.
Sim, Clarice estava coberta de razão. Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem!


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Alma Nua 
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Precisamos falar sobre quem somos!


Sim, sobre nós, sobre quem somos, sobre os hábitos que temos, sobre o que construímos em nós.
Esse final de semana ganhei de presente um grande repertório para pensar sobre quem eu sou, sobre o que eu sou, sobre o que eu falo, faço, ate mesmo no que tange a caridade. Fiquei feliz com as respostas que me dei.
Mas quem eu sou também tem a ver com o que o outro é!
Eu ouço absolutamente tudo o que me dizem, e observo cada ação, e embora minha memória recente não seja boa, ela é excelente pra me lembar de coisas ditas, sendo ontem pela manhã ou há 10 anos.
E cada pessoa que cruza o nosso caminho deixa, de algum modo, uma lição que a gente escolhe receber ou não.
Esse meio ano de 2016, veio pra me mostrar varias faces, e sim, somos mudados pelo que nos fazem.
Nada que nos faça deixar de ser quem somos, mas certamente que nos muda dentro da nossa complexidade.
Uma amiga me lembrou que ingratidão é um sentimento ferino. Outra me lembrou que acolhimento é necessário para fortificar quem somos. Outra me disse que aprendeu que falar 'não', não mata, e amar também é silêncio. Outra me disse que aprendeu a ver o mundo e a si mesma de outra forma;
Então, nós somos feitos um pouco do que aprendemos na caminhada da vida, com os tijolos que, muitas vezes, são colocados sob nossos pés pelas pessoas que conhecemos. Cabe aqui uma reflexão: Tomemos cuidado com os tijolos que deixaremos na estrada alheia.
"O pão não deixa de ser pão, por ter mais sal", mas certamente não terá o mesmo o sabor e talvez seja dispensado.
Defina sua dosagem, saiba quem você é, escolha seus passos. O preço de ser você é bem alto, mas vale a pena pagar!
Ah, vale!!


Escrito por Mariah Alcântara
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Precisamos falar sobre




Saudade.


Saudade, já dizia Clarice Lispector, é um dos sentimentos mais urgentes que existem.
É dos sentires que tiram o ar, que tiram o senso, que doem fisicamente, mesmo sendo sentimento.
Porque a vida é assim, mar aberto, estrada larga, e a gente vai vivendo. 
Vai seguindo, nem dá mesmo para parar, é sempre um curso constante, um caminhar de passos rápidos.
E um dia no meio disso tudo, a gente olha de lado, vislumbra um vulto cheio de amor do que viveu e se deixa pegar na tal saudade.
São momentos da infância quando o dia acabava em balas dadinho.
São os risos adolescentes e a descoberta de si mesmo.
São os 18 anos e o peito cheio de certeza.
São os anos vividos desejosos de um futuro que não se define.
São os amores, os vividos, os sentidos, os escondidos, os escolhidos e os perdidos.
E assim, no meio da saudade, você descobre que toda forma de amor vale a pena.
A gente lembra das coisas que viveu, de tudo o que sentiu e se vê como num filme, olhando de longe, mas olhando de dentro. 
E vez por outra fica assim, tomado dessa coisa que arde o peito, que reaviva a memória, que faz gente chorar e rir e rir e chorar tudo junto, meio maluco.
A vida não acontece linear e a gente vai em frente, canta as canções que aprendeu por anos, e cada uma diz uma coisa. E a gente sente falta dos amigos, da comida da mãe, até do medo que sentia do pai. A coisa ferve, vem lá a falta dos irmãos, do amor, de mais tempo que a gente não teve pra fazer tudo.
Daí a gente chora um pouco, quer viver um pouco disso tudo que faz bem a alma, e a vida continua seguindo seu próprio ritmo, sem texto nem regra.
E um dia, quando a gente acerta o passo com a tal vida, numa noite de quarta-feira, senta em frente o computador com uma boa taça de vinho e deixa a saudade acontecer.
Deixa o peito morno dessas cenas doces e urgentes de serem lembradas. Abre um sorriso largo, pois saudade também é conforto, também é história, também é vida. 
E vem a falta do agora. Do hoje, do café com a mãe, do riso dos filhos, dos abraços dos amigos, do beijo do amor.
Sim, Clarice estava coberta de razão. Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem!


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Alma Nua 
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Precisamo falar sobre quem somos!

Sim, sobre nós, sobre quem somos, sobre os hábitos que temos, sobre o que construímos em nós.
Esse final de semana ganhei de presente um grande repertorio para pensar sobre o que eu sou, sobre o que eu falo, faço, ate mesmo no que tange a caridade. Fiquei feliz com as respostas que me dei.
Mas quem eu sou também tem a ver com o que o outro é!
Eu ouço absolutamente tudo o que me dizem, e observo cada ação, e embora minha memória recente não seja boa, ela é excelente pra me lembar de coisas ditas, sendo ontem de manhã ou há 10 anos.
E cada pessoa que cruza o nosso caminho deixa, de algum modo, uma lição que a gente escolhe receber ou não.
Esse meio ano veio pra me mostrar varias faces, e sim, somos mudados pelo que nos fazem.
Nada que nos faça deixar de ser quem somos, mas certamente que nos muda dentro da nossa complexidade.
Uma amiga me lembrou que ingratidão é um sentimento ferino. Outra me lembrou que acolhimento é necessário para fortificar quem somos, outra me disse que aprendeu que falar 'não', não mata. E que aprendeu que amar também é silencio. Outra me disse que aprendeu a ver o mundo e a si mesma de outra forma; E isso, essa coisa vem das pessoas a nossa volta.
Então, nós somos feitos um pouco do que aprendemos na caminhada da vida, com os tijolos que, muitas vezes, são colocados sob nossos pés pelas pessoas que conhecemos. Cabe aqui uma reflexão: Tomemos cuidado com os tijolos que deixaremos na estrada alheia.
"O pão não deixa de ser pão, por ter mais sal"
Defina sua dosagem, saiba quem você, escolha seus passos. O preço de ser você mesmo é bem alto, mas vale! Ah, vale!!


Escrito por Mariah Alcântara
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Precisamos falar sobre amor

Hoje perguntei a uma amiga querida que tipo de texto ela gostaria de ler; e ela me disse que nada sobre pequenas classes e injustiças, mas sim a grandeza de um amor não vivido. Confesso aqui, meu espanto ao ler a resposta, afinal, é uma urgência que se fale de minorias e injustiças, mais que urgente é necessário!!!
No entanto, li e reli a resposta algumas vezes...
Será que o tom de fala esta errado, pensei, ou será que precisamos ter belas historias, vividas ou não, para seguir adiante?
Para falar de um amor não vivido, preciso falar sobre a coragem de deixar passar o sentimento que todos buscam com tanta ânsia, assim como é preciso falar sobre a covardia de não viver aquilo que a alma pede, anseia, busca.
Sim, somos eternos buscadores do amor perfeito. Do grande amor, do amor eterno. Do amor sobre todos os amores.
De uns tempos pra cá, venho me perguntando se é assim mesmo que é? E não, não pensem vocês que eu deixei de amar, ou de acreditar em amor, isso não acontece. Sou incurável na crença de que amor existe, sim! É pleno, sim! Transforma tudo, sim!
Na nossa conversa sobre o tema em questão, ela me diz que sente falta de ler sobre amor. Respondo que lutar por uma causa também é amor, que amor é de uma imensidão que não se acaba, nem se mensura.
Mas me cabe refletir...
A resposta mais inteira que já ouvi sobre amor, veio desse dialogo. Ela me diz simplesmente "não me nego a amar e lutar por uma causa, mas tem dias que só quero um amor simples."
Amor também é sem causa, amor também é sem motivo, essencialmente sem troca, sem cobranças, sem razões que não seja amar simplesmente. 
Um amor não vivido, pode ficar ali, guardado em canto do coração, batendo forte e descompassado com a voz, a imagem, o cheiro do ser amado, 
Um amor não vivido, representa saudades, preocupação, representa um carinho ali, sempre. Pois amor também se transforma, e esse transformar faz a vida valer mais a pena. 
Então, falemos dos assuntos urgentes e necessários, mas guardemos tempo para falar de amor!
Guardemos tempo para falar dos sorriso, dos abraços, dos olhares, das palavras.
Guardemos tempo para viver os momentos que vão se fazendo através do amor, vivido ou não.
Guardemos tempo para estender as mão, no carinho e apoio mutuo.
Falemos do amor, que não se viveu em romance, mas se viveu em carinho.
Falemos do amor que não se viveu em casamentos, mas se viveu em amizades.
Falemos do amor que não se viveu nos anos, mas se viveu nos minutos.
Falemos de amor, com tanta urgência quando falamos de todas as causas.


Escrito por Mariah Alcântara
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Deixe pra trás o que passou.

Esses dia eu tenho pensando sobre as pessoas que passaram em nossas vidas e escolheram não ficar. Não falo das pessoas que o destino tira do curso, mas das que escolhem não ficar. Passei o final de semana na casa de uma amiga com meu bonde, uma de nós teve uma crise nervosa e foi bonito de ver o carinho e acolhimento das outras. É bom saber que há gente pra dar um abraço quando as lágrimas estão lá e precisam sair.
Daí me pus a pensar nesse tipo de coisa, nesse tipo de carinho, de acolhimento de cuidado.
Hoje, não por acaso, creio eu; li a postagem de um amigo falando sobre essa dificuldade de desapego que temos, desapego não de coisas, mas de pessoas, de sentimentos, de amores. Me achei inteira nessa postagem,
Eu tenho dificuldade para me desapegar de quem eu amo. Mas desapegar não quer dizer deixar de amar, só quer dizer que esse tempo passou e que o novo deve vigorar. E que a vida vai dando nova forma, novo rumo, simples assim.
Então, é preciso entender que o passado passa e o presente não é apenas o momento, mas também estar presente' (tirado do texto de Ruano Berenguel); e acima de tudo é preciso estar com quem quer estar,
Há um tempo eu tive que encarar um desses rompimentos escolhidos, e depois de novo... Tive dificuldade de entender e aceitar, pois pra mim o pior dos sentimentos é ingratidão; o fato é que demorei muito tempo com essa coisa presa aqui no peito, sem entender bem o que era. E era só minha incapacidade de desapego. De entender que esse amor continua lá, e mesmo que seja unilateral tem validade, tem motivo de ser.
Com a postagem do meu amigo, entendi que é preciso ver que o passado estará sempre lá, porque ele é eterno. Que o presente é mesmo o querer estar e o futuro é um tempo que a gente projeta mas não sabe bem ao certo onde vai dar.
Também relembrei que gratidão é essencial. Que o tempo do outro também é necessário. Que todos temos algo de precioso para nós, e isso é fundamental para a caminhada.
Aproveito, para deixar ir quem não quer ficar, para dizer que eu mesma devo partir de onde já não sinto que me caiba, que as coisas tem tempo de ser e tempo de não ser e só a vida acontecendo.
Aos que declarei amor, saibam que é a mais pura verdade e os carrego aqui num ladinho desse coração. Não tem mais mágoas, nem mesmo questionamentos. E de resto é vida que segue!

Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Porque sentir não dá pra explicar.


É que sentir é mesmo uma coisa estranha. E também é meio difícil de entender.
É de dentro, e algumas vezes a gente nem sabe se dentro da cabeça ou do coração.
Aí a gente deixa acontecer pra ver onde vai e algumas vezes vai bem e outra vezes vai mal a beça...
Me lembro que quando meu casei eu sentia todo o amor do mundo, o coração trasbordava de tanto amor. E eu senti por muito tempo, só que do outro lado acabou logo.
E eu passei a me sentir a pessoa mais burra e mais feia do mundo... Era assim que meu cônjuge me sentia; e embora ele nunca tenha dito isso uma única vez,  repetia esse sentimento diariamente. E eu passei a acreditar nele.
E só fui *salva* muito tempo depois por um amor que transcendia o tempo. Ainda que dessa vez eu não pudesse sentir...
E o tempo passa e os sentires mudam e continuam sendo.
Conversando com uma grande amiga, falávamos sobre bancar o amor do outro.
Sobre como é difícil achar alguém que possa aceitar *ela me ama exagerado, e fim*.
Porque sentir é assim.
Uma enormidade de possibilidades de perceber o outro e a si mesmo. Um eterno pesar de mais e menos sentir; e o coração balança e a cabeça também.
E por vezes perde o prumo, senão o rumo. E a gente continua.
Eu sei lá se dá pra bancar o outro, algumas vezes a gente nem banca a gente mesmo... 
É que essa coisa de amor é chuva tempestiva, dessas que derruba arvores e depois deixa um arco iris de ponta a ponta no céu.
Mas vale mesmo é sentir!


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Palavreando
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Por que você foge do que sente?



Escrever sempre foi um desafio e um prazer. Escritores tem alma fluida, não dá pra explicá-los direito. É gente que faz as reflexões mais doidas e as divide sem prévio aviso, deve ser isso que vai nos mantendo juntinhos e dando força para continuar o sonho. Não raro a gente manda e recebe as mensagem mais malucas possíveis e delas vem um gatilho que fará a produção do mês seguinte.
Movidos por amor e coragem a gente segue em frente. E não foi diferente com o tema de hoje; recebi a mensagem, e pensei que fosse tema, mas era uma reflexão, que virou minha reflexão e meu tema.
Hábito dos mais estranhos esse, mas fugir do que sente é a forma mais comum de lidar (??) com o que não podemos lidar.  É claro que podíamos assumir nossos sentimentos, mas como mesmo? A gente vai esquecendo de facilitar as coisas e vai criando escapes que nos cabem bem, até a gente esquecer aquilo que sente.
Porque somos assim! Simples assim!
Só não é tão simples. Encarar nossos sentimentos com clareza, olhando nossas dores, e dissabores, nos olhos é sentir as feridas sangrarem. E a gente prefere deixar cicatrizar, mesmo que a cicatriz queime para sempre.
Essa nossa falta de coragem de gritar amor, raiva, saudade, tristeza... 
É tão mais fácil "matar" as coisas dentro da gente. É tão mais simples excluir aquilo que não sabemos lidar, aquilo que nos fere, principalmente se isso nos obriga a ver outras dores das quais já fugimos.
Mas por que, mesmo? Não há uma receita, nem mesmo uma resposta certa. Só os lugares para fugir e se esconder, e é claro que sabemos bem onde ficam. Não há um caminho que doa menos.
Eu acho que olhar nos olhos e dizer com clareza é o melhor remédio, mas isso nos leva ao medo do perdão; de pedir e de dar esse perdão. e não se engane, é tão difícil quanto assumir o que sentimos.
Ah coração nebuloso, cheio de cantos obscuros de si mesmo, lugares empoeiradinhos de algumas dores causadas pelo tempo, estrutura cansada de sentir e de fingir.  Fingir sim. Habilidade humana de completa insanidade. Fingir que sente, e fingir que não sente. E que atire a primeira pedra quem nunca fugiu de mesmo, quem nunca escondeu o que sente, e quem finge que não sente por ser mais fácil do que sentir.
E nessa vibe de tudo dito e nada explicado, saio sem responder, pois nem eu mesma sei quando ou porque. Então repito a pergunta, uma reflexão dividida no meio da noite:
- E você? Por que foge do que sente?




Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Não posso falar de flores!

Sim, não posso falar de flores quando o assunto é sobre abuso e falta de respeito com o ser humanos e essencialmente sobre mulheres.
Já esta chegada a hora de darmos um basta nessa onda de violência desmedida, verbal, física e emocional. É inaceitável que ainda hoje em pleno o seculo 21, soframos tanta violência e abusos o tempo todo. Mulheres não podem sair nas ruas, mulheres não podem amar, mulheres não podem se manifestar, mulheres não podem pensar, mulheres não podem!! 
Quem pode? quem determina? A sociedade patriarcal e ferrenha que me diz todos os dias que naão posso ser gorda, não posso ser inteligente, não posso ser independente, não posso ser eu. Não posso ser mulher?!
Então que fique claro que serei! Sempre serei uma mulher e serei mais; serei uma lutadora dessa causa, uma militante do meu direito. Aderindo às campanhas que brigarem por nós, com as minhas irmãs de alma e de luta. 
Não me calo!
Não paro!
Não desisto!!


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Eu jamais esperava isso de você.




Das coisas que a gente impõe ao outro, expectativa é uma das mais complicadas. Essa coisa de "não esperava isso de você", é extremamente aterrador. 
Ora vamos, quem somos para esperar algo de alguém? Quem somo ou o que podemos pra julgar que tal pessoa deva agir de acordo com nossas construções ideológicas? nesse final de semana, tive isso atirado em mim, por pensar (do meu ponto de vista) em "danos" futuros reverberando pós uma ação. Claro que isso me chocou, mas também me obrigou a uma análise de toda uma vida. Será que eu jogo minhas expectativas e frustrações nos outros?
Foi preciso um tempo para avaliar minha atitude sobre isso.
Sim. Todos criamos certas expectativas sobre o outro. Não tem jeito, é inerente a nós, seres humanos, assim como discernir que isso é nosso e não do outro. Não que seja a coisa mais simples, na minha avaliação, notei claramente que já havia feito esse tipo de cobrança em cima de muita gente, mas já tinha ganhado a consciência de que não me cabe tal atitude.
Não ache, você, que estou isenta de me decepcionar com as pessoas, pois nada espero delas. Ledo engano. Hoje tenho a noção de que por muitas vezes não há mesmo o que esperar e em muitas outras, eu é que criei a coisa toda na minha cabeça.
Hoje me reservo o direito de saber que nem todos vão agir como EU gostaria, nem de acordo com o que EU penso, assim como eu também não farei. Hoje, compreendo que cada ação é individual, e não é pra ofender ou magoar ou nada demais. É apenas a pessoa exercendo seu direito de ser, assim como eu faço com o meu.
Mas como tudo na vida é aprendizado, segue mais una lição que vou aplicar no dia a dia.
As mágoas cessam, as lições permeiam uma vida.

Beijos azuis.
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Precisamos falar sobre segunda-feira!


Hoje é dia de começar!
Durante algum tempo odiei as segundas e por ironia do destino, a segunda se tornou meu dia de escrita aqui no blog  por minha própria necessidade.
De qualquer modo, essa coisa de odiar as segundas é equivocada e não me contempla mais. Pois sim, hoje em dia, eu gosto e muito!
Segunda-feira é dia de começar, dia de recomeçar, é a chance de fazer diferente e fazer novo, aquilo que não foi bem feito até sexta passada. Segunda-feira cabe contemplar e planejar os demais dias, e isso é bom!
Então, sejam bem vindos às minhas segundas aqui nesse espaço.
Sou Mariah, escritora desde os 15 anos, deixando traços de vida onde passo. Verdade, sinceridade, amor e respeito são princípios básicos de convivência. Meu humor é acido e leveza é a minha escolha.
Como lema levo frase de Marcelo Jeneci "felicidade é só questão de ser". tatuada na pele e na alma.
Apaixonada por tatuagens, artes, literatura e música, vou me fazendo e refazendo todo dia.
Nas segundas o tema é livre, falaremos de tudo, teremos de tudo. A vida urge e é preciso ser vivida.
Entre contos, poesias, crônicas, desabafos estarei aqui em cada canto com meus sentires.
A fala é livre, a critica é livre, o elogio é livre e o choro também.
A escrita sempre foi um processo de partilha, entendimento e cura, para mim. E é assim que sigo.




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